Templo de Jerusalém
O Templo de Jerusalém (em hebraico בית המקדש, beit hamiqdash) é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios conhecidas como o korbanot.
O primeiro templo usado pelos hebreus foi o Tabernáculo, chamado de Templo do Senhor.[1] [2]
O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo),[1] no leste de Jerusalém.[3]
De acordo com a Bíblia, o Primeiro Templo foi construído no local onde Abraão havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia sido acumulado em grande abundância por seu antecessor, o Rei Davi. Após a construção do templo, ele permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos desconhecidos. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, que levou todos seus tesouros para a Babilônia.[3]
Pelos cálculos de James Ussher, a ordem para a construção do Primeiro Templo foi dada pelo Rei Davi em 1015 a.C.. As fundações do templo foram lançadas em 21 de Maio de 1012 a.C., no segundo dia do segundo mês (Zif), quatrocentos e oitenta anos depois da saída de Israel do Egito. A construção terminou em 1005 a.C., mas sua dedicação foi adiada até o ano seguinte, por este ser um ano de jubileu (o nono jubileu), e, segundo Ussher, exatamente três mil anos desde a criação do mundo.[4]
O Segundo Templo foi reconstruído após o retorno do cativeiro na Babilônia, sob orientação de Zorobabel. O templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e suas fundações foram lançadas em 535 a.C.. Sua construção foi interrompida durante o reinado de Ciro, e retomada em 521 a.C., no segundo ano de Dario I. O templo foi consagrado em 516 a.C.. Diferentemente do Primeiro Templo, este templo não tinha a Arca da Aliança, o Urim e Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, as tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo.[5]
Nos quinhentos anos desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com os ataques de exércitos inimigos. Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 18 a.C., e terminaram em 65. O templo foi destruído em 70.[6]
Herodes
Herodes (em hebraico: הוֹרְדוֹס, transl. Hordos; em grego: Ἡρῴδης, Hērōidēs), também conhecido como Herodes I ou Herodes, o Grande (ca. 73 a.C. — Jericó, 4 a.C. ou 1 a.C.[1] ), foi um edomita judeu romano, rei cliente de Israel entre 37 a.C. e 4 a.C..[2] Descrito como "um louco que assassinou sua própria família e inúmeros rabinos",[3] Herodes é conhecido por seus colossais projetos de construção em Jerusalém e outras partes do mundo antigo, em especial a reconstrução que patrocinou do Segundo Templo, naquela cidade, por vezes chamado de Templo de Herodes. Alguns detalhes de sua biografia são conhecidos pelas obras do historiador romano-judaico Flávio Josefo.
Seu filho, Herodes Arquelau, tornou-se etnarca da Samaria, Judeia e Edom de 4 a 6 d.C., e foi considerado incompetente pelo imperador romano Augusto, que tornou o outro filho de Herodes, Herodes Antipas, soberano da Galileia (de 6 a 39 d.C.).
A maior parte do que conhecemos sobre sua vida nos é narrada pelo historiador judeu Flávio Josefo[carece de fontes], que provavelmente usou o trabalho de Nicolau de Damasco como fonte, porque, quando termina Nicolau, na época de Aquelau, o relato de Josefo se torna mais resumido.[4] Segundo Josefo, a legitimidade de seu reinado era contestada pelos judeus por ele ser um idumeu. Numa tentativa de obter essa legitimidade, ele casou-se com Mariana, uma hasmoniana filha do alto sacerdote do Templo. Ainda assim, ele vivia temeroso de uma revolta popular, razão pela qual teria construído, como refúgio, a fortaleza de Massada.
Em 40 a.C., quando Matatias Antígono, o último rei da dinastia hasmónea, entrou na Judeia com a ajuda de uma potência vizinha, Herodes fugiu para Roma, onde António lhe entregou a realeza da Judeia, que assegurou com um exército romano, com o qual derrotou Antígono em 37. Octaviano (o futuro imperador Augusto), após a batalha de Ácio, em 31, manteve-o no poder.
A sua corte era helenizada e culta. Ele fundou as cidades gregas de Sebaste (Samaria)[5] e Cesareia Palestina,[6] com o seu belo porto. Construiu fortalezas e palácios, incluindo Massada[7] e o magnífico Templo,[8] o Heródio.[9] Presidiu aos Jogos Olímpicos.
Herodes destronou os reis da dinastia hasmónea, que tinham governado Israel mais de um século. Essa dinastia tinha contado com o apoio dos saduceus. Por isso, Herodes era mal visto entre os saduceus. Em contrapartida, ele pôde contar com o apoio da facção moderada dos fariseus, conduzida por Hillel. Contou também com o apoio dos judeus da diáspora, mesmo naquela época, de número considerável. Já a relação com os essénios era mais complicada. Por um lado, os essénios detestavam Roma e não aprovavam que Herodes governasse em nome de Roma. Por outro lado, Herodes era um amigo de Menahem, o essénio e respeitava os essénios.
Fez construir várias obras em seu reino, cuja monumentalidade ainda hoje é admirada. Delas subsiste, como documento mais bem conservado, o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron.[10]
Ao morrer, em 4 a.C., Herodes deixou disposto, em testamento, a partilha do reino entre três de seus filhos sobreviventes: Herodes Arquelau, Herodes Antipas e Filipe.
A partir do trabalho de Emil Schürer em 1896[12] , a maioria dos estudiosos concordam que Herodes morreu no final de março ou início de abril, em 4 aC.[13] [14]
Evidência adicional é fornecida pelo fato de que seus filhos, entre os quais seu reino foi dividido, dataram de seus governos a partir de 4 aC,[15] e Arquelau aparentemente também exerceu autoridade real durante a vida de Herodes.[16] Josefo afirma que a morte de Filipe o Tetrarca tomou lugar depois de um reinado de 37 anos, no ano 20 de Tibério (34 dC).[17]
Josefo diz que Herodes morreu depois de um eclipse lunar.[18] Ele faz um relato dos acontecimentos entre este eclipse e sua morte, e entre sua morte e o Pessach. Um eclipse parcial[19] ocorreu em 13 de março de 4 aC, cerca de 29 dias antes do Pessach, e este eclipse é geralmente considerado como o referido por Josefo.[20] Houve, contudo, outros três eclipses totais em torno deste tempo, e há os defensores de ambos os 5 aC[21] - com dois eclipses totais,[22] [23] e 1 aC.[13]
Josefo escreveu que a doença final de Herodes - às vezes chamada como "Mal de Herodes"[24] - era insuportável.[25] A partir das suas descrições, alguns peritos médicos propõem que Herodes tinha doença renal crônica complicada por gangrena de Fournier.[26] Os estudiosos modernos concordam que ele sofreu durante toda a sua vida de depressão e paranoia.[27] Sintomas similares estiveram presente na morte de seu neto Agripa I, em 44, sobre quem se relata que os vermes visíveis[28] e putrefação. Estes sintomas são compatíveis com uma sarna, que pode ter contribuído para sua morte e sintomas psiquiátricos.[29]
Josefo afirmou também que Herodes estava tão preocupado pela grande probabilidade de ninguém lamentar sua morte, que ele comandou um grande grupo de homens ilustres para vir para Jericó, e deu a ordem dizendo que eles deveriam ser mortos no momento da sua morte para que assim se mostrasse a dor que ele ansiava pela sua perda.[30] Para a felicidade deles, o filho de Herodes Arquelau e sua irmã Salomé não realizaram esse desejo do pai.[31]
Após a morte de Herodes, seu reino foi dividido entre três de seus filhos, por Augusto. Augusto "nomeou Arquelau, não para ser o rei de todo o país, mas para ser etnarca, ou metade do que estava sujeito a Herodes, e prometeu dar-lhe a dignidade real doravante, se governasse a sua parte de forma justa. Mas quanto a outra metade, ele dividiu em duas partes, e as deu aos outros dois dos filhos de Herodes, a Filipe e Herodes Antipas, o qual disputou com Arquelau pelo reino todo. Desta forma, para ele era Pereia e Galileia que deveriam pagar seus tributos, que somavam anualmente 200 talentos, enquanto Batanea com Traconites, bem como Auranitis, com uma certa parte do que foi chamado House of Lenodorus, pagassem o tributo de 100 talentos à Filipe. Entretanto a Idumeia, e Judeia, e o país de Samaria, pagavam tributo à Arquelau, porém tinham a partir dali uma quarta parte desse tributo retirado por ordem de César, que decretou a eles aquela mitigação, devidos eles não terem se unido nesta revolta com o resto da multidão."[32] Arquelau tornou-se etnarca da tetrarquia da Judeia, Herodes Antipas tornou-se tetrarca da Galileia e Pereia e Filipe tornou-se tetrarca dos territórios a leste do Jordão.
No dia de 8 de Maio de 2007 o arqueólogo israelense Ehud Netzer, da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirmou ter achado o que seria o túmulo do rei Herodes, no local conhecido como Heródio, uma colina no deserto da Judeia, onde o rei construiu seu palácio, próximo a Jerusalém. Netzer trabalhava no sítio arqueológico do local desde 1970.[33]
O arqueólogo israelense Ehud Netzer, que se tornou conhecido pela escavação do palácio de inverno do rei Herodes e descoberta da tumba do monarca, morreu ao sofrer uma queda. Ele tinha 76 anos.[34]
Atualmente, o cume do Monte Moriá corresponde à região denominada Haram esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Kubbet es-Sahkra (Domo da Rocha) ou Mesquita de Omar. No centro da mesquita existe uma rocha, onde são feitos sacrifícios
O primeiro templo usado pelos hebreus foi o Tabernáculo, chamado de Templo do Senhor.[1] [2]
O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo),[1] no leste de Jerusalém.[3]
De acordo com a Bíblia, o Primeiro Templo foi construído no local onde Abraão havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia sido acumulado em grande abundância por seu antecessor, o Rei Davi. Após a construção do templo, ele permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos desconhecidos. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, que levou todos seus tesouros para a Babilônia.[3]
Pelos cálculos de James Ussher, a ordem para a construção do Primeiro Templo foi dada pelo Rei Davi em 1015 a.C.. As fundações do templo foram lançadas em 21 de Maio de 1012 a.C., no segundo dia do segundo mês (Zif), quatrocentos e oitenta anos depois da saída de Israel do Egito. A construção terminou em 1005 a.C., mas sua dedicação foi adiada até o ano seguinte, por este ser um ano de jubileu (o nono jubileu), e, segundo Ussher, exatamente três mil anos desde a criação do mundo.[4]
O Segundo Templo foi reconstruído após o retorno do cativeiro na Babilônia, sob orientação de Zorobabel. O templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e suas fundações foram lançadas em 535 a.C.. Sua construção foi interrompida durante o reinado de Ciro, e retomada em 521 a.C., no segundo ano de Dario I. O templo foi consagrado em 516 a.C.. Diferentemente do Primeiro Templo, este templo não tinha a Arca da Aliança, o Urim e Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, as tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo.[5]
Nos quinhentos anos desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com os ataques de exércitos inimigos. Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 18 a.C., e terminaram em 65. O templo foi destruído em 70.[6]
Herodes
Herodes, o Grande | |
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Basileu (rei) | |
Herodes entrando em Jerusalém (36 a.C.). Miniatura de Jean Fouquet (entre 1470 e 1475) | |
Governo | |
Reinado | 37 a 4 a.C. |
Sucessor | Herodes Arquelau |
Vida | |
Nascimento | ca. 73 a.C. |
Morte | 4 (76 anos) |
Jericó | |
Sepultamento | Heródio, Judeia |
Filhos | Antipater, Alexandre, Aristobulus IV, Salampsio, Herodes II, Herodes Antipas, Herodes Arquelau, Olympias, Herodes Filipe |
Pai | Antípatro |
Mãe | Cypros |
Seu filho, Herodes Arquelau, tornou-se etnarca da Samaria, Judeia e Edom de 4 a 6 d.C., e foi considerado incompetente pelo imperador romano Augusto, que tornou o outro filho de Herodes, Herodes Antipas, soberano da Galileia (de 6 a 39 d.C.).
Biografia
Herodes era filho do idumeu Antípatro e de Cipros (da Nabateia). À época do rei hasmoneu, João Hircano, a Idumeia fora conquistada e seus cidadãos obrigados a se converterem ao judaísmo.A maior parte do que conhecemos sobre sua vida nos é narrada pelo historiador judeu Flávio Josefo[carece de fontes], que provavelmente usou o trabalho de Nicolau de Damasco como fonte, porque, quando termina Nicolau, na época de Aquelau, o relato de Josefo se torna mais resumido.[4] Segundo Josefo, a legitimidade de seu reinado era contestada pelos judeus por ele ser um idumeu. Numa tentativa de obter essa legitimidade, ele casou-se com Mariana, uma hasmoniana filha do alto sacerdote do Templo. Ainda assim, ele vivia temeroso de uma revolta popular, razão pela qual teria construído, como refúgio, a fortaleza de Massada.
Em 40 a.C., quando Matatias Antígono, o último rei da dinastia hasmónea, entrou na Judeia com a ajuda de uma potência vizinha, Herodes fugiu para Roma, onde António lhe entregou a realeza da Judeia, que assegurou com um exército romano, com o qual derrotou Antígono em 37. Octaviano (o futuro imperador Augusto), após a batalha de Ácio, em 31, manteve-o no poder.
A sua corte era helenizada e culta. Ele fundou as cidades gregas de Sebaste (Samaria)[5] e Cesareia Palestina,[6] com o seu belo porto. Construiu fortalezas e palácios, incluindo Massada[7] e o magnífico Templo,[8] o Heródio.[9] Presidiu aos Jogos Olímpicos.
Herodes destronou os reis da dinastia hasmónea, que tinham governado Israel mais de um século. Essa dinastia tinha contado com o apoio dos saduceus. Por isso, Herodes era mal visto entre os saduceus. Em contrapartida, ele pôde contar com o apoio da facção moderada dos fariseus, conduzida por Hillel. Contou também com o apoio dos judeus da diáspora, mesmo naquela época, de número considerável. Já a relação com os essénios era mais complicada. Por um lado, os essénios detestavam Roma e não aprovavam que Herodes governasse em nome de Roma. Por outro lado, Herodes era um amigo de Menahem, o essénio e respeitava os essénios.
Fez construir várias obras em seu reino, cuja monumentalidade ainda hoje é admirada. Delas subsiste, como documento mais bem conservado, o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron.[10]
Ao morrer, em 4 a.C., Herodes deixou disposto, em testamento, a partilha do reino entre três de seus filhos sobreviventes: Herodes Arquelau, Herodes Antipas e Filipe.
Moedas de Herodes
As moedas que Herodes o Grande cunhou[11] não trazem símbolos tão agressivos para a religião judaica como acontecerá com as dos seus descendentes. Além do tripé, de origem grega e com alguma eventual ligação às suas vitórias e consequente domínio sobre o país, e do elmo, vai usar o escudo; mas haverá outros símbolos mais poéticos, como a romã, o diadema, a cornucópia, a âncora, etc.O Estado Judeu herodiano
Herodes não tinha legitimidade judaica, pois descendia de idumeus e sua mãe era descendente de árabes. Desse modo, sua legitimidade se fundava na própria estrutura do poder que ele exercia, e que diferia da tradição dos Hasmoneus, na medida em que:- o rei era legitimado como pessoa e não por descendência;
- o poder não se orientava pela tradição, mas pela aplicação do direito do senhor;
- o direito à terra decorria de distribuição: o senhor o concedia ao usuário de sua escolha (assignatio);
- o rei era a fonte da lei, ou seja, a "lei viva" (émpsychos nómos), conforme a base filosófica helenística, em oposição à lei codificada da tradição judaica.
- Nomear o sumo sacerdote do Templo: ele destituiu os Asmoneus e nomeou um sacerdote da família babilônica e, mais tarde, da alexandrina;
- Exigir de seus súditos um juramento de obediência, não raro em oposição às normas patriarcais;
- Interferir na justiça do Sinédrio
- Escravizar ladrões e revolucionários políticos, vendendo-os no exterior, sem direito a resgate;
Morte
Os herodianos | ||
A partir do trabalho de Emil Schürer em 1896[12] , a maioria dos estudiosos concordam que Herodes morreu no final de março ou início de abril, em 4 aC.[13] [14]
Evidência adicional é fornecida pelo fato de que seus filhos, entre os quais seu reino foi dividido, dataram de seus governos a partir de 4 aC,[15] e Arquelau aparentemente também exerceu autoridade real durante a vida de Herodes.[16] Josefo afirma que a morte de Filipe o Tetrarca tomou lugar depois de um reinado de 37 anos, no ano 20 de Tibério (34 dC).[17]
Josefo diz que Herodes morreu depois de um eclipse lunar.[18] Ele faz um relato dos acontecimentos entre este eclipse e sua morte, e entre sua morte e o Pessach. Um eclipse parcial[19] ocorreu em 13 de março de 4 aC, cerca de 29 dias antes do Pessach, e este eclipse é geralmente considerado como o referido por Josefo.[20] Houve, contudo, outros três eclipses totais em torno deste tempo, e há os defensores de ambos os 5 aC[21] - com dois eclipses totais,[22] [23] e 1 aC.[13]
Josefo escreveu que a doença final de Herodes - às vezes chamada como "Mal de Herodes"[24] - era insuportável.[25] A partir das suas descrições, alguns peritos médicos propõem que Herodes tinha doença renal crônica complicada por gangrena de Fournier.[26] Os estudiosos modernos concordam que ele sofreu durante toda a sua vida de depressão e paranoia.[27] Sintomas similares estiveram presente na morte de seu neto Agripa I, em 44, sobre quem se relata que os vermes visíveis[28] e putrefação. Estes sintomas são compatíveis com uma sarna, que pode ter contribuído para sua morte e sintomas psiquiátricos.[29]
Josefo afirmou também que Herodes estava tão preocupado pela grande probabilidade de ninguém lamentar sua morte, que ele comandou um grande grupo de homens ilustres para vir para Jericó, e deu a ordem dizendo que eles deveriam ser mortos no momento da sua morte para que assim se mostrasse a dor que ele ansiava pela sua perda.[30] Para a felicidade deles, o filho de Herodes Arquelau e sua irmã Salomé não realizaram esse desejo do pai.[31]
Após a morte de Herodes, seu reino foi dividido entre três de seus filhos, por Augusto. Augusto "nomeou Arquelau, não para ser o rei de todo o país, mas para ser etnarca, ou metade do que estava sujeito a Herodes, e prometeu dar-lhe a dignidade real doravante, se governasse a sua parte de forma justa. Mas quanto a outra metade, ele dividiu em duas partes, e as deu aos outros dois dos filhos de Herodes, a Filipe e Herodes Antipas, o qual disputou com Arquelau pelo reino todo. Desta forma, para ele era Pereia e Galileia que deveriam pagar seus tributos, que somavam anualmente 200 talentos, enquanto Batanea com Traconites, bem como Auranitis, com uma certa parte do que foi chamado House of Lenodorus, pagassem o tributo de 100 talentos à Filipe. Entretanto a Idumeia, e Judeia, e o país de Samaria, pagavam tributo à Arquelau, porém tinham a partir dali uma quarta parte desse tributo retirado por ordem de César, que decretou a eles aquela mitigação, devidos eles não terem se unido nesta revolta com o resto da multidão."[32] Arquelau tornou-se etnarca da tetrarquia da Judeia, Herodes Antipas tornou-se tetrarca da Galileia e Pereia e Filipe tornou-se tetrarca dos territórios a leste do Jordão.
Descoberta do túmulo do Rei Herodes
O arqueólogo israelense Ehud Netzer, que se tornou conhecido pela escavação do palácio de inverno do rei Herodes e descoberta da tumba do monarca, morreu ao sofrer uma queda. Ele tinha 76 anos.[34]
Atualmente, o cume do Monte Moriá corresponde à região denominada Haram esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Kubbet es-Sahkra (Domo da Rocha) ou Mesquita de Omar. No centro da mesquita existe uma rocha, onde são feitos sacrifícios
Fórum Romano

Fórum Romano Forum Romanum | |
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Ruínas do Fórum Romano | |
![]() Mapa do centro de Roma durante o Império Romano, com o Fórum Holitório e o Fórum Boário mostrados no lado inferior | |
Localização atual | |
Localização na Itália atual | |
Coordenadas | |
País | ![]() |
Região | Lácio |
Província | Roma |
Dados históricos | |
Eras | Antiguidade |
Civilização | Romana |
Império | Império Romano |
Foi durante séculos o centro da vida pública romana: o local de cerimónias triunfais e de eleições, o local onde se realizavam discursos públicos, os processos criminais, os confrontos entre gladiadores, e o centro dos assuntos comerciais. Aqui, estátuas e monumentos celebraram os grandes homens da cidade. O coração da Roma antiga, foi considerado o ponto de encontro mais conhecido do mundo, em toda a história.[1] Localizado no pequeno vale entre o monte Palatino e o monte Capitolino, o fórum é atualmente uma extensa ruína de fragmentos arquitectónicos e um sitio de escavações arqueológicas intermitente de elevada atração turística.
A maioria das estruturas arquitectónicas mais importantes da antiga cidade foram encontradas no fórum ou perto deste. Os santuários e templos do reino romano localizavam-se na parte sudeste da cidade. Dentre estes situava-se a antiga residência real, a Régia (século VIII a.C.), o Templo de Vesta (século VII a.C.) e ainda o complexo da Casa das Vestais, os quais foram reconstruídos após a ascensão de Roma Imperial.
Outros santuários foram encontrados a noroeste, como a Umbilicus Urbis e o Vulcanal (santuário de Vulcano), construídos no centro nervoso do vale, o Comício, durante o período republicano. Este foi o local onde tanto o senado como o governo republicano tiveram início. O Senado, os gabinetes do estado, tribunais, templos, monumentos e estátuas foram gradualmente arquitectando toda a área.
Ao longo do tempo, o Comício arcaico foi comutado pelo maior fórum a ele adjacente e o centro de actividade judicial movido para a nova Basílica Júlia, juntamente com a recente Cúria Júlia, concentrando os dois cargos judiciais e o Senado num só local. Este novo fórum, serviu posteriormente como uma praça revitalizada, onde o povo de Roma poderia ai reunir-se para fins comerciais, políticos, judiciais e persecuções religiosas em números cada vez maiores.
A maioria dos tratos económicos e judiciais eram diferidos para locais distantes do Fórum Romano, envolvendo as maiores e mais extravagantes estruturas como o Fórum de Trajano e a Basílica Úlpia ao norte. O reinado de Constantino, O Grande, durante o qual o império foi dividido em duas fracções, a oriental e a ocidental, presenciou a construção da última grande amplificação da praça - a Basílica de Magêncio em 312 d.C. Este facto devolveu o centro político novamente para o fórum, até à queda do Império Romano do Ocidente quase dois séculos mais tarde.
O fórum foi construído de noroeste para sudeste e estende-se desde o sopé do monte Capitolino até o Vélio. A praça das basílicas construída no período imperial - como a Basílica Emília a norte (Tabernas Novas; Tabernae Novae) e a Basílica Júlia a sul - definem as longas extremidades da praça central. O fórum abraça esta praça, os edifícios em frente e uma área adicional (Fórum Adjacente) que se estende de sudeste ao Arco de Tito.[3]
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