O Mistério do Sepulcro de Davi e Seus Tesouros

Curso Herança Judaica do Novo Testamento
Durante anos o Vaticano vem tentando fechar um acordo com o Estado de Israel, as bases benéficas do acordo para Israel não são conhecidas, mas as aspirações do Vaticano são conhecidas há anos, elas incluiriam isenção de impostos prediais em todas as igrejas católicas e a soberania do local conhecido como Sepulcro de Davi para as mãos da igreja.

O que há de tão valioso neste local para o Vaticano?

Esta é a pergunta que muitos já se fizeram por anos, e a resposta pode estar debaixo dos pés dos visitantes na Cidade Santa. A resposta para esta pergunta não é tão simples, e na continuidade do artigo você entenderá que pelo visto há muito em jogo. O segredo sobre os tesouros do templo que foram doados por Davi e os príncipes de Israel para a construção do Templo de Salomão pode estar em algum lugar nos porões do Vaticano, o pior, talvez nunca teremos acesso a tal insformações.

Local do Sepulcro de Davi Segundo a Tradição Judaica

Segundo a tradição judaica milenar e cristã também, no local estaria sepultado nada menos do que o Rei Davi, será mesmo? Pois bem, há muitos pesquisadores que lançam dúvidas sobre isto, porém há outros que afirmam ser este o local, por que tanta confusão?
Bem, a confusão se deve por causa da localização geográfica e das dúvidas lançadas pelos pesquisadores  e arqueólogos, mas o problema é que a pesquisa arqueológica debaixo do setor foi mínima e nada menos do que há cerca de 130 anos atrás, isto mesmo, no final do século XIX.

Túmulo do Rei Davi ou da Família de Davi

A maior discordância é exatamente esta, pois, segundo os arqueólogos, o sepulcro da família de Davi estaria junto a cidade de Davi, mas para isto existem dois problemas básicos, o primeiro e principal deles é o fato de que não éra comum sepultar pessoas dentro do perímetro urbano, pois, os corpos dos mortos eram considerados impureza, capaz de destruir qualquer santificação.
Outro problema grave para o túmulo de Davi ficar na Cidade de Davi é o fato de que nenhuma inscrição, nenhum osso, cerâmica ou qualquer indício aponta para a grande câmara de sepulcros na cidade de David pertencer ao mais importante dos reis de Israel.
A base histórica que reforça a alegação dos arqueólogos de que o sepulcro de Davi está localizado na Cidade de Davi é o relato do tratado do Senédrio ((תוספתא ב״ב פ״א ז׳ ושמחות פי״ד וירושלמי גזיר פ״ט גי)), um relato de interpretação da lei de que a impureza dos sepulcros teriam sido retiradas para o riacho de Cedron.
Segundo os arqueólogos, o texto revela que o sepulcro de Davi bem próximo ao riacho de Cedron, porém, isto também não pode ser considerado uma prova, afinal de contas, nada impediria o transporte para longe, a ordenança de esvariarem os túmulos de dentro da cidade se deve ao fato do crescente medo dos líderes judaicos do julgamento iminente de Deus pelos pecados do povo e a proximidade de um novo cativeiro, dias antes da Grande Revolta Judaica que levou a mario catástrofe judaica da antiguidade.
Dr. Joel Elitzur declara que em sua opinião, o sepulcro chamado de Dvi na realidade se trata do sepulcro da família de Davi, principalmente dos reis após Menassés que foram sepultados no Jardim de Uza, que poderia ser um local novo que havia sido preparado para os novos sepulcros.
Levando em consideração todas as possibilidades, apesar do texto bíblico declarar que Davi foi sepultado na Cidade de Davi, "E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. 1 Reis 2:10", creio que as escavações arqueológicas na região ainda são insuficientes para reterminar até onde ia a Cidade de Davi

Com Certeza Um dos Sepulcros da Família de Davi

Um dos motivos pelo qual se acredita que a tradição do túmulo de Davi estar junto ao Cenáculo é justamente o relato de Pedro, discípulo de Jesus durante o seu sermão: "Irmãos, é-me permitido dizer-vos ousadamente acerca do patriarca David, que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até hoje. Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes seria colocado sobre o seu trono; prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que nem foi deixado no Hades, nem o seu corpo viu a corrupção" (Atos 2:29-31)
O discurso de pedro teria sido feito justamente nas proximidades do Cenáculo, Jundo so Sepulcro de Davi, o que nos mostra que havia uma relação entre ambos ainda no primeiro século, além disso, como pode ser que a tradição judaica milenar erre tanto assim? Agora o que nos resta é relatar aqui somente o que a arqueologia pode nos dizer sobre este local, então vamos em frente.

Grande Câmara de Sepulcro da Família de Descoberta no Século XIX

James Turner Barclay foi o primeiro arqueólogo a penetrar no subsolo do Sepulcro de Davi. Durante a primeira estadia do Dr. Barclay em Jerusalém ele reuniu o material para um livro que se tornou muito popular "A cidade do Grande Rei". O subsolo do túmulo de Davi foi ilustrado pela primeira vez por sua filha, que com o risco de sua vida entrou no túmulo de Davi, e esboçou a primeira e única imagem dele que já foi revelada ao público.
A descrição de filha de James Turner Barclay é muito semelhante a descrição feita por dois operários judeus que foram enviados para fazer reparos no chamado túmulo de Davi por volta do ano de 1970 que descreveram uma grande câmara subterrânea em direção ao que é hoje o estacionamento público, desta câmara os operários disseram ver um outro grande santuário com duas grandes colunas e uma espécie de mesa revertida de ouro com a inscrição hebraica: David Ben Yishai, ou seja, Dvi filho de Jessé em português.
A descrição foi feita pelos operários que deviam somente fazer reparos na parte superior mas que decidiram por conta própria se infiltrarem no subsolo.
O local era conhecido pelos habitantes de Jerusalém, até o final do período do Segundo Templo, e Flávio Josefo conta que os túmulos foram saqueados um número de vezes para pagar dívidas reais, primeiro por João Hircano, da família dos Macabeus, ele teria emitido a partir dos metais preciosos encontrados, três siclos de prata, dinheiro com o qual subornou Antíoco VII para remover o cerco de sobre Jerusalém.

O Tesouro da Família de Davi, ou quem sabe até mesmo Arca da Aliança

É muito interessante notar que não poucas vezes, os reis de Judá tiveram que se desfazer de parte do seu tesouro para "comprar" a paz com seus inimigos ou a "proteção" de quem lhe parece seu aliado.
De onde vinha tanta riqueza? Bem, creio que uma rápida leitura no final do Livro de Segunda Samuel e incício do livro de I Reis, a resposta é clara, na Judéia havia muito, mas muito dinheiro e riquezas, desde o ouro dado por Davi a construção do Templo, quanto dos Prícipes das Tribos de Israel, sem contar a riqueza de Salomão que foi, segundo as escrituras, simplesmente inigualável. Talvez descobrir onde é o verdadeiro túmulo de Davi possa levar a uma riquesa ainda maior e mais procurada, a Arca da Aliança, pois após a ordem do Rei Uzias, nunca mais se ouviu falar dela:
"E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel." 2 Crônicas 35:3
Se for assim, pelo visto, o Vaticano talvez seja a única organização que saiba o que realmente há alí, bem debaixo dos pés dos turistas, pois entre dominações e dominações, a igreja romana está ali no Monte Sião desde o século IV, passando pelos cruzados e mesmo em tempos de dominação muçulmana, continuou a ter soberania nos locais considerados santos pelos cristãos.
Na ilustração que pode ser vista ao lado, podemos ver que as proporções da câmara do sepulcro de Davi são bem maiores da câmara que se pode ter acesso nos dias de hoje, mas quem sabe este tipo de acordo possa levar ao Vaticano a revelar ao público o que realmente está pode debaixo de metros de poeira, longe da vista do público.
Ou será que os romanos limparam a cidade de Jerusalém de todas as riquesas deixadas pela Casa de Davi?

Coliseu         

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luzia
 
Coliseu de Roma
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LocalIV Região - Templo da Paz
Construído em68-79 d.C.
Construído por/paraVespasiano, Tito
Tipo de estruturaAnfiteatro
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Anfiteatro Flaviano está localizado em: Roma
Anfiteatro Flaviano
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio (em latim: Amphitheatrum Flavium), é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de abrigar perto de 50 000 pessoas[1] , e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
Em dezembro de 2011 fragmentos da construção passaram a cair em vários dias. A construção tem 3 mil fissuras catalogadas e deve ser restaurada a partir de março de 2012. [2]


História da construção



Mapa do centro de Roma durante o Império Romano, com o Coliseu a nordeste, fora do núcleo urbano, no canto superior direito.
O Coliseu de Roma foi construído entre 70 e 90 d.C. Iniciado por Vespasiano de 68 a 79 d.C., mais tarde foi inaugurado por Tito por volta de 79 a 81 d.C., embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores[1] , em três andares. Durante o reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, foi ampliado com um quarto andar, podendo abrigar então cerca de 90 000 espectadores. Finalmente foi concluído por Domiciano, filho de Vespasiano e irmão mais novo de Tito, por volta de 81 a 96 d.C..
A construção começou sob ordem de Vespasiano numa área que se encontrava no fundo de um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatino. O lugar fora devastado pelo Grande incêndio de Roma do ano 64, durante a época de governo do imperador Nero, e mais tarde havia sido reurbanizado para o prazer pessoal do imperador com a construção de um enorme lago artificial, da Casa Dourada (em latim: Domus Aurea), situada num complexo de uma villa,[3] e de uma colossal estátua de si mesmo.[4]
Vespasiano, fundador da dinastia Flaviana, decidiu aumentar o moral e auto-estima dos cidadãos romanos e também cativá-los com uma política de pão e circo,[3] demolindo o palácio de Nero e construindo uma arena permanente para espectáculos de gladiadores, execuções e outros entretenimentos de massas. Vespasiano começou a sua própria remodelação do lugar entre os anos 70 e 72, possivelmente financiada com os tesouros conseguidos depois da vitória romana na Grande Revolta Judaica, no ano 70. Drenou-se o lago e o lugar foi designado para o Coliseu. Reclamando a terra da qual Nero se apropriou para o seu anfiteatro, Vespasiano conseguiu dois objectivos: Por um lado realizava um gesto muito popular e por outro colocava um símbolo do seu poder no coração da cidade.[5] Mais tarde foram construídos uma escola de gladiadores e outros edifícios de apoio dentro das antigas terras da Casa Dourada, a maior parte da qual havia sido derrubada.[6]
Vespasiano morreu mesmo antes do Coliseu ser concluído. O edifício tinha alcançado o terceiro piso e Tito foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dos banhos públicos adjacentes (que são conhecidos como as Termas de Tito) apenas um ano depois da morte de Vespasiano.[6]
A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.

Denominação

O nome original do Coliseu de Roma era Anfiteatro Flávio ou Flaviano (em latim, Amphitheatrum Flavium), tendo sido construído no reinado dos imperadores da Dinastia Flaviana, após o governo do imperador Nero. Curiosamente, este nome não foi exclusivo do Coliseu, visto que Vespasiano e Tito haviam construído um anfiteatro que portou o mesmo nome, na cidade de Pozzuoli, na província de Nápoles. O nome Anfiteatro Flavio é empregado ainda hoje, embora seja mais popularmente conhecido como Coliseu de Roma. A sua designação de "Coliseu" começou a difundir-se a partir do século VIII, o qual se crê que tenha sido devido a uma grande estátua de Nero, que se encontrava perto do edifício, na Casa Dourada, conhecida popularmente como o Colosso de Nero. Este fato pode ter sido a razão pela qual o anfiteatro de Roma tenha adoptado o nome de Coliseu. Essa dita estátua foi destruída provavelmente para reciclagem do seu bronze. Apenas a sua base chegou aos nossos dias, e pode ser vista entre o anfiteatro e o Templo de Vénus e Roma.[3]

Jogos inaugurais do Coliseu]



Mapa da Roma medieval representando o Coliseu.
Os jogos inaugurais do Coliseu tiveram lugar no ano 80, sob o mandato de Tito, para celebrar a finalização da construção. Depois do curto reinado de Tito começar com vários meses de desastres, incluindo a erupção do Vesúvio de 79, um incêndio em Roma em 64 e um surto de "peste", o mesmo imperador inaugurou o edifício com jogos pródigos que duraram mais de cem dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os deuses. Nesses jogos de cem dias teriam ocorrido combates de gladiadores, "venationes", lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes.[3]

Espetáculos



, 1872.
No Coliseu eram realizados diversos espectáculos, com os vários jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, chamados muneras, não eram pagos pelo Estado, mas sim por indivíduos em busca de prestígio e poder.
Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias.
Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização de naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construída uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata o funcionamento dos elevadores. Os estudiosos, há pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construído onde, outrora, foi o lago do "Palácio Dourado de Nero"; O imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.


"A última prece dos mártires cristãos",  (1883).
Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos construiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida à simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.

Os cristãos e o Coliseu

Os relatos romanos referem-se a cristãos sendo martirizados em locais de Roma descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro, na arena...), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o Papa Bento XIV consagrou-o no século XVII à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX

Utilização no fim do Império Romano do Ocidente

O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até o período do imperador Honório, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentiniano III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.


Outro ângulo do Coliseu


Vista da fachada original do Coliseu.
O Coliseu, não estava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.
A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada água na representação de uma batalha naval), sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem.
Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o pódio, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e [[[Magistrado|magistrados]]. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde era possível visualizar o espectáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro.


Panorama do interior do Coliseu.