O Herodium - Pálacio e Túmulo de Herodes o Grande
O Herodium (Hebreu: הרודיון) é uma colina a 12 km ao sul de Jerusalém, no deserto da Judéia. Tem 758 m de altura. Ali Herodes, o Grande, construiu uma fortaleza, a mais proeminente dentre as suas edificações. Este é o único local que leva seu nome, e foi o local que escolheu para ser enterrado e eternizado.
O Herodium
Flavius Josephus fala a respeito da fortaleza: "Esta fortaleza, que fica a sessenta estádios de Jerusalém, é naturalmente forte e muito bem construída, ficando razoavelmente próxima a um monte levantado a grande altura pela mão do homem e arredondado na forma de um peito. Tem torres em volta, e um acesso íngreme. Dentro dela estão os apartamentos reais, ao mesmo tempo bem defesos e bem decorados. Na base do monte existem áreas para desfrute construídas de tal maneira que vale a pena ver, entre outras coisas, a maneira em que a água, que falta no lugar, é trazida de grande distância e com grandes trabalhos. Na planície circunvizinha foi construída uma cidade sem paralelo, com o monte servindo como uma acrópole para as outras moradias" (Flavius Josephus, Guerra, I, 21, 10; Antigüidades, XIV, capítulo 13, 9). O Herodium foi conquistado e destruído pelos Romanos em 71 A.D., quando Lucilius Bassus e Fretensis estavam a caminho de Massada.
Descoberta do Túmulo de Herodes
Em 16/07/2007 publicamos aqui de que arqueólogos descobriram que o sepulcro de Herodes está localizado dentro do Herodium no deserto da Judéia e não dentro da Cidade Velha de Jerusalém como pensavam até o momento. Durante muitos anos os arqueólogos procuram o que seria seu sepulcro, até mesmo cientistas tentaram descobrir o mistério até então insolúvel bem como os sepulcros da família de Davi. Cujo local preciso ainda não há provas definitivas. Segundo os arqueólogos, hoje há provas precisas que foram apresentadas em uma entrevista coletiva que foi realizada hoje na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Encabeçando a equipe estava o Doutor Ehud Netzar, pesquisador reconhecido internacionalmente como especialista em construções herodianas na qual dedicou mais de 30 anos de sua vida em escavações e pesquisas das atividades construtoras de Herodes, desde os palácios em Jericó, Massada até o Herodium. Sua declaração provocou muitas reações ontem na comunidade arqueológica de Israel. Esta “casa” de veraneio construída por Herodes e repleta de estábulos, jardins e salas era utilizada pelo rei quando Jerusalém ficava lotada na época das principais festas do Povo de Israel. O castelo construído em forma de cone sobre uma colina na judeía é uma das raras construções que levou o nome de seu construtor. Uma das construções mais impressionantes é um palácio de 130 metros por 60 que é precedido por uma via com 350 metros que segundo se pensa, este caminho foi aberto especialmente para o funeral do Rei Herodes que teria ocorrido dentro deste local. O líder da comunidade judaica Gush Etzion declarou que esta descoberta tornará o local um dos locais mais procurados turisticamente e religiosamente no país e mostra mais uma vez a relação da região de Gush Etzion com o povo de Israel e sua história.
Destino trágico de Arqueólogo e Pesquisador
Jericó
Netzer escavou em Jericó, a partir de 1973, e continuou a trabalhar lá durante uma década. No oásis de Jericó, ele descobriu novas alas do palácio de inverno de Herodes, bem como um dos Hasmoneus (Macabeus)m o palácio de inverno contendo algumas piscinas e jardins. Este é o principal sítio arqueológico do período da história judaica. O complexo inclui a Sinagoga de Jericó, construída entre 50-70 AC e identificado em 1998 como a mais antiga sinagoga que já foi encontrada nesta região.
Herodium
Herodium é uma montanha artificial enorme, em forma de cone, onde está o palácio e fortaleza construída por Herodes próxima a Belém. De acordo com Flávio Josefo, historiador judaico, Herodium foi o local de sepultamento de Herodes. De 1972-1987, Netzer trabalhou no Herodium, nas escavação das estruturas do palácio. Ele voltou a trabalhar na escavação de 1997-2000, e novamente a partir de 2000-2010. A partir de 2006, as escavações revelaram uma rampa sinuosa ao redor da colina do complexo do palácio menor e estádio. Ao longo de sua trajetória foram descobertos um teatro e uma escadaria monumental, que passava por uma plataforma em ruínas, em maio de 2007, Netzer identificou como provável túmulo do rei Herodes
Netzer encontrou o sarcófago quebrado em centenas de pedaços, como descrito por Josefo, que escreveu que isto foi feito por dissidentes judeus durante a primeira revolta contra os romanos entre 66 e 72 EC.
Em 25 de outubro de 2010, Ehud Netzer caiu e ficou gravemente ferido quando uma grade cedeu na escavação no Herodium. Ele morreu de seus ferimentos, três dias depois no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém, Israel.
O Herodium
Flavius Josephus fala a respeito da fortaleza: "Esta fortaleza, que fica a sessenta estádios de Jerusalém, é naturalmente forte e muito bem construída, ficando razoavelmente próxima a um monte levantado a grande altura pela mão do homem e arredondado na forma de um peito. Tem torres em volta, e um acesso íngreme. Dentro dela estão os apartamentos reais, ao mesmo tempo bem defesos e bem decorados. Na base do monte existem áreas para desfrute construídas de tal maneira que vale a pena ver, entre outras coisas, a maneira em que a água, que falta no lugar, é trazida de grande distância e com grandes trabalhos. Na planície circunvizinha foi construída uma cidade sem paralelo, com o monte servindo como uma acrópole para as outras moradias" (Flavius Josephus, Guerra, I, 21, 10; Antigüidades, XIV, capítulo 13, 9). O Herodium foi conquistado e destruído pelos Romanos em 71 A.D., quando Lucilius Bassus e Fretensis estavam a caminho de Massada.
Descoberta do Túmulo de Herodes
Em 16/07/2007 publicamos aqui de que arqueólogos descobriram que o sepulcro de Herodes está localizado dentro do Herodium no deserto da Judéia e não dentro da Cidade Velha de Jerusalém como pensavam até o momento. Durante muitos anos os arqueólogos procuram o que seria seu sepulcro, até mesmo cientistas tentaram descobrir o mistério até então insolúvel bem como os sepulcros da família de Davi. Cujo local preciso ainda não há provas definitivas. Segundo os arqueólogos, hoje há provas precisas que foram apresentadas em uma entrevista coletiva que foi realizada hoje na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Encabeçando a equipe estava o Doutor Ehud Netzar, pesquisador reconhecido internacionalmente como especialista em construções herodianas na qual dedicou mais de 30 anos de sua vida em escavações e pesquisas das atividades construtoras de Herodes, desde os palácios em Jericó, Massada até o Herodium. Sua declaração provocou muitas reações ontem na comunidade arqueológica de Israel. Esta “casa” de veraneio construída por Herodes e repleta de estábulos, jardins e salas era utilizada pelo rei quando Jerusalém ficava lotada na época das principais festas do Povo de Israel. O castelo construído em forma de cone sobre uma colina na judeía é uma das raras construções que levou o nome de seu construtor. Uma das construções mais impressionantes é um palácio de 130 metros por 60 que é precedido por uma via com 350 metros que segundo se pensa, este caminho foi aberto especialmente para o funeral do Rei Herodes que teria ocorrido dentro deste local. O líder da comunidade judaica Gush Etzion declarou que esta descoberta tornará o local um dos locais mais procurados turisticamente e religiosamente no país e mostra mais uma vez a relação da região de Gush Etzion com o povo de Israel e sua história.
Destino trágico de Arqueólogo e Pesquisador
Jericó
Netzer escavou em Jericó, a partir de 1973, e continuou a trabalhar lá durante uma década. No oásis de Jericó, ele descobriu novas alas do palácio de inverno de Herodes, bem como um dos Hasmoneus (Macabeus)m o palácio de inverno contendo algumas piscinas e jardins. Este é o principal sítio arqueológico do período da história judaica. O complexo inclui a Sinagoga de Jericó, construída entre 50-70 AC e identificado em 1998 como a mais antiga sinagoga que já foi encontrada nesta região.
Herodium
Herodium é uma montanha artificial enorme, em forma de cone, onde está o palácio e fortaleza construída por Herodes próxima a Belém. De acordo com Flávio Josefo, historiador judaico, Herodium foi o local de sepultamento de Herodes. De 1972-1987, Netzer trabalhou no Herodium, nas escavação das estruturas do palácio. Ele voltou a trabalhar na escavação de 1997-2000, e novamente a partir de 2000-2010. A partir de 2006, as escavações revelaram uma rampa sinuosa ao redor da colina do complexo do palácio menor e estádio. Ao longo de sua trajetória foram descobertos um teatro e uma escadaria monumental, que passava por uma plataforma em ruínas, em maio de 2007, Netzer identificou como provável túmulo do rei Herodes
Netzer encontrou o sarcófago quebrado em centenas de pedaços, como descrito por Josefo, que escreveu que isto foi feito por dissidentes judeus durante a primeira revolta contra os romanos entre 66 e 72 EC.
Em 25 de outubro de 2010, Ehud Netzer caiu e ficou gravemente ferido quando uma grade cedeu na escavação no Herodium. Ele morreu de seus ferimentos, três dias depois no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém, Israel.
O Mistério do Sepulcro de Davi e Seus Tesouros
Durante anos o Vaticano vem tentando fechar um acordo com o Estado de Israel, as bases benéficas do acordo para Israel não são conhecidas, mas as aspirações do Vaticano são conhecidas há anos, elas incluiriam isenção de impostos prediais em todas as igrejas católicas e a soberania do local conhecido como Sepulcro de Davi para as mãos da igreja.
Bem, a confusão se deve por causa da localização geográfica e das dúvidas lançadas pelos pesquisadores e arqueólogos, mas o problema é que a pesquisa arqueológica debaixo do setor foi mínima e nada menos do que há cerca de 130 anos atrás, isto mesmo, no final do século XIX.
Outro problema grave para o túmulo de Davi ficar na Cidade de Davi é o fato de que nenhuma inscrição, nenhum osso, cerâmica ou qualquer indício aponta para a grande câmara de sepulcros na cidade de David pertencer ao mais importante dos reis de Israel.
A base histórica que reforça a alegação dos arqueólogos de que o sepulcro de Davi está localizado na Cidade de Davi é o relato do tratado do Senédrio ((תוספתא ב״ב פ״א ז׳ ושמחות פי״ד וירושלמי גזיר פ״ט גי)), um relato de interpretação da lei de que a impureza dos sepulcros teriam sido retiradas para o riacho de Cedron.
Segundo os arqueólogos, o texto revela que o sepulcro de Davi bem próximo ao riacho de Cedron, porém, isto também não pode ser considerado uma prova, afinal de contas, nada impediria o transporte para longe, a ordenança de esvariarem os túmulos de dentro da cidade se deve ao fato do crescente medo dos líderes judaicos do julgamento iminente de Deus pelos pecados do povo e a proximidade de um novo cativeiro, dias antes da Grande Revolta Judaica que levou a mario catástrofe judaica da antiguidade.
Dr. Joel Elitzur declara que em sua opinião, o sepulcro chamado de Dvi na realidade se trata do sepulcro da família de Davi, principalmente dos reis após Menassés que foram sepultados no Jardim de Uza, que poderia ser um local novo que havia sido preparado para os novos sepulcros.
Levando em consideração todas as possibilidades, apesar do texto bíblico declarar que Davi foi sepultado na Cidade de Davi, "E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. 1 Reis 2:10", creio que as escavações arqueológicas na região ainda são insuficientes para reterminar até onde ia a Cidade de Davi
O discurso de pedro teria sido feito justamente nas proximidades do Cenáculo, Jundo so Sepulcro de Davi, o que nos mostra que havia uma relação entre ambos ainda no primeiro século, além disso, como pode ser que a tradição judaica milenar erre tanto assim? Agora o que nos resta é relatar aqui somente o que a arqueologia pode nos dizer sobre este local, então vamos em frente.
A descrição de filha de James Turner Barclay é muito semelhante a descrição feita por dois operários judeus que foram enviados para fazer reparos no chamado túmulo de Davi por volta do ano de 1970 que descreveram uma grande câmara subterrânea em direção ao que é hoje o estacionamento público, desta câmara os operários disseram ver um outro grande santuário com duas grandes colunas e uma espécie de mesa revertida de ouro com a inscrição hebraica: David Ben Yishai, ou seja, Dvi filho de Jessé em português.
A descrição foi feita pelos operários que deviam somente fazer reparos na parte superior mas que decidiram por conta própria se infiltrarem no subsolo.
O local era conhecido pelos habitantes de Jerusalém, até o final do período do Segundo Templo, e Flávio Josefo conta que os túmulos foram saqueados um número de vezes para pagar dívidas reais, primeiro por João Hircano, da família dos Macabeus, ele teria emitido a partir dos metais preciosos encontrados, três siclos de prata, dinheiro com o qual subornou Antíoco VII para remover o cerco de sobre Jerusalém.
De onde vinha tanta riqueza? Bem, creio que uma rápida leitura no final do Livro de Segunda Samuel e incício do livro de I Reis, a resposta é clara, na Judéia havia muito, mas muito dinheiro e riquezas, desde o ouro dado por Davi a construção do Templo, quanto dos Prícipes das Tribos de Israel, sem contar a riqueza de Salomão que foi, segundo as escrituras, simplesmente inigualável. Talvez descobrir onde é o verdadeiro túmulo de Davi possa levar a uma riquesa ainda maior e mais procurada, a Arca da Aliança, pois após a ordem do Rei Uzias, nunca mais se ouviu falar dela:
"E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel." 2 Crônicas 35:3
Se for assim, pelo visto, o Vaticano talvez seja a única organização que saiba o que realmente há alí, bem debaixo dos pés dos turistas, pois entre dominações e dominações, a igreja romana está ali no Monte Sião desde o século IV, passando pelos cruzados e mesmo em tempos de dominação muçulmana, continuou a ter soberania nos locais considerados santos pelos cristãos.
Na ilustração que pode ser vista ao lado, podemos ver que as proporções da câmara do sepulcro de Davi são bem maiores da câmara que se pode ter acesso nos dias de hoje, mas quem sabe este tipo de acordo possa levar ao Vaticano a revelar ao público o que realmente está pode debaixo de metros de poeira, longe da vista do público.
Ou será que os romanos limparam a cidade de Jerusalém de todas as riquesas deixadas pela Casa de Davi?
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio (em latim: Amphitheatrum Flavium), é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de abrigar perto de 50 000 pessoas[1] , e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
Em dezembro de 2011 fragmentos da construção passaram a cair em vários dias. A construção tem 3 mil fissuras catalogadas e deve ser restaurada a partir de março de 2012. [2]
O Coliseu de Roma foi construído entre 70 e 90 d.C. Iniciado por Vespasiano de 68 a 79 d.C., mais tarde foi inaugurado por Tito por volta de 79 a 81 d.C., embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores[1] , em três andares. Durante o reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, foi ampliado com um quarto andar, podendo abrigar então cerca de 90 000 espectadores. Finalmente foi concluído por Domiciano, filho de Vespasiano e irmão mais novo de Tito, por volta de 81 a 96 d.C..
A construção começou sob ordem de Vespasiano numa área que se encontrava no fundo de um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatino. O lugar fora devastado pelo Grande incêndio de Roma do ano 64, durante a época de governo do imperador Nero, e mais tarde havia sido reurbanizado para o prazer pessoal do imperador com a construção de um enorme lago artificial, da Casa Dourada (em latim: Domus Aurea), situada num complexo de uma villa,[3] e de uma colossal estátua de si mesmo.[4]
Vespasiano, fundador da dinastia Flaviana, decidiu aumentar o moral e auto-estima dos cidadãos romanos e também cativá-los com uma política de pão e circo,[3] demolindo o palácio de Nero e construindo uma arena permanente para espectáculos de gladiadores, execuções e outros entretenimentos de massas. Vespasiano começou a sua própria remodelação do lugar entre os anos 70 e 72, possivelmente financiada com os tesouros conseguidos depois da vitória romana na Grande Revolta Judaica, no ano 70. Drenou-se o lago e o lugar foi designado para o Coliseu. Reclamando a terra da qual Nero se apropriou para o seu anfiteatro, Vespasiano conseguiu dois objectivos: Por um lado realizava um gesto muito popular e por outro colocava um símbolo do seu poder no coração da cidade.[5] Mais tarde foram construídos uma escola de gladiadores e outros edifícios de apoio dentro das antigas terras da Casa Dourada, a maior parte da qual havia sido derrubada.[6]
Vespasiano morreu mesmo antes do Coliseu ser concluído. O edifício tinha alcançado o terceiro piso e Tito foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dos banhos públicos adjacentes (que são conhecidos como as Termas de Tito) apenas um ano depois da morte de Vespasiano.[6]
A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.
No Coliseu eram realizados diversos espectáculos, com os vários jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, chamados muneras, não eram pagos pelo Estado, mas sim por indivíduos em busca de prestígio e poder.
Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias.
Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização de naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construída uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata o funcionamento dos elevadores. Os estudiosos, há pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construído onde, outrora, foi o lago do "Palácio Dourado de Nero"; O imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.
Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos construiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida à simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.
O Coliseu, não estava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.
A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada água na representação de uma batalha naval), sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem.
Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o pódio, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e [[[Magistrado|magistrados]]. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde era possível visualizar o espectáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro.
O que há de tão valioso neste local para o Vaticano?
Esta é a pergunta que muitos já se fizeram por anos, e a resposta pode estar debaixo dos pés dos visitantes na Cidade Santa. A resposta para esta pergunta não é tão simples, e na continuidade do artigo você entenderá que pelo visto há muito em jogo. O segredo sobre os tesouros do templo que foram doados por Davi e os príncipes de Israel para a construção do Templo de Salomão pode estar em algum lugar nos porões do Vaticano, o pior, talvez nunca teremos acesso a tal insformações.Local do Sepulcro de Davi Segundo a Tradição Judaica
Segundo a tradição judaica milenar e cristã também, no local estaria sepultado nada menos do que o Rei Davi, será mesmo? Pois bem, há muitos pesquisadores que lançam dúvidas sobre isto, porém há outros que afirmam ser este o local, por que tanta confusão?Bem, a confusão se deve por causa da localização geográfica e das dúvidas lançadas pelos pesquisadores e arqueólogos, mas o problema é que a pesquisa arqueológica debaixo do setor foi mínima e nada menos do que há cerca de 130 anos atrás, isto mesmo, no final do século XIX.
Túmulo do Rei Davi ou da Família de Davi
A maior discordância é exatamente esta, pois, segundo os arqueólogos, o sepulcro da família de Davi estaria junto a cidade de Davi, mas para isto existem dois problemas básicos, o primeiro e principal deles é o fato de que não éra comum sepultar pessoas dentro do perímetro urbano, pois, os corpos dos mortos eram considerados impureza, capaz de destruir qualquer santificação.Outro problema grave para o túmulo de Davi ficar na Cidade de Davi é o fato de que nenhuma inscrição, nenhum osso, cerâmica ou qualquer indício aponta para a grande câmara de sepulcros na cidade de David pertencer ao mais importante dos reis de Israel.
A base histórica que reforça a alegação dos arqueólogos de que o sepulcro de Davi está localizado na Cidade de Davi é o relato do tratado do Senédrio ((תוספתא ב״ב פ״א ז׳ ושמחות פי״ד וירושלמי גזיר פ״ט גי)), um relato de interpretação da lei de que a impureza dos sepulcros teriam sido retiradas para o riacho de Cedron.
Segundo os arqueólogos, o texto revela que o sepulcro de Davi bem próximo ao riacho de Cedron, porém, isto também não pode ser considerado uma prova, afinal de contas, nada impediria o transporte para longe, a ordenança de esvariarem os túmulos de dentro da cidade se deve ao fato do crescente medo dos líderes judaicos do julgamento iminente de Deus pelos pecados do povo e a proximidade de um novo cativeiro, dias antes da Grande Revolta Judaica que levou a mario catástrofe judaica da antiguidade.
Dr. Joel Elitzur declara que em sua opinião, o sepulcro chamado de Dvi na realidade se trata do sepulcro da família de Davi, principalmente dos reis após Menassés que foram sepultados no Jardim de Uza, que poderia ser um local novo que havia sido preparado para os novos sepulcros.
Levando em consideração todas as possibilidades, apesar do texto bíblico declarar que Davi foi sepultado na Cidade de Davi, "E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. 1 Reis 2:10", creio que as escavações arqueológicas na região ainda são insuficientes para reterminar até onde ia a Cidade de Davi
Com Certeza Um dos Sepulcros da Família de Davi
Um dos motivos pelo qual se acredita que a tradição do túmulo de Davi estar junto ao Cenáculo é justamente o relato de Pedro, discípulo de Jesus durante o seu sermão: "Irmãos, é-me permitido dizer-vos ousadamente acerca do patriarca David, que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até hoje. Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes seria colocado sobre o seu trono; prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que nem foi deixado no Hades, nem o seu corpo viu a corrupção" (Atos 2:29-31)O discurso de pedro teria sido feito justamente nas proximidades do Cenáculo, Jundo so Sepulcro de Davi, o que nos mostra que havia uma relação entre ambos ainda no primeiro século, além disso, como pode ser que a tradição judaica milenar erre tanto assim? Agora o que nos resta é relatar aqui somente o que a arqueologia pode nos dizer sobre este local, então vamos em frente.
Grande Câmara de Sepulcro da Família de Descoberta no Século XIX
James Turner Barclay foi o primeiro arqueólogo a penetrar no subsolo do Sepulcro de Davi. Durante a primeira estadia do Dr. Barclay em Jerusalém ele reuniu o material para um livro que se tornou muito popular "A cidade do Grande Rei". O subsolo do túmulo de Davi foi ilustrado pela primeira vez por sua filha, que com o risco de sua vida entrou no túmulo de Davi, e esboçou a primeira e única imagem dele que já foi revelada ao público.A descrição de filha de James Turner Barclay é muito semelhante a descrição feita por dois operários judeus que foram enviados para fazer reparos no chamado túmulo de Davi por volta do ano de 1970 que descreveram uma grande câmara subterrânea em direção ao que é hoje o estacionamento público, desta câmara os operários disseram ver um outro grande santuário com duas grandes colunas e uma espécie de mesa revertida de ouro com a inscrição hebraica: David Ben Yishai, ou seja, Dvi filho de Jessé em português.
A descrição foi feita pelos operários que deviam somente fazer reparos na parte superior mas que decidiram por conta própria se infiltrarem no subsolo.
O local era conhecido pelos habitantes de Jerusalém, até o final do período do Segundo Templo, e Flávio Josefo conta que os túmulos foram saqueados um número de vezes para pagar dívidas reais, primeiro por João Hircano, da família dos Macabeus, ele teria emitido a partir dos metais preciosos encontrados, três siclos de prata, dinheiro com o qual subornou Antíoco VII para remover o cerco de sobre Jerusalém.
O Tesouro da Família de Davi, ou quem sabe até mesmo Arca da Aliança
É muito interessante notar que não poucas vezes, os reis de Judá tiveram que se desfazer de parte do seu tesouro para "comprar" a paz com seus inimigos ou a "proteção" de quem lhe parece seu aliado.De onde vinha tanta riqueza? Bem, creio que uma rápida leitura no final do Livro de Segunda Samuel e incício do livro de I Reis, a resposta é clara, na Judéia havia muito, mas muito dinheiro e riquezas, desde o ouro dado por Davi a construção do Templo, quanto dos Prícipes das Tribos de Israel, sem contar a riqueza de Salomão que foi, segundo as escrituras, simplesmente inigualável. Talvez descobrir onde é o verdadeiro túmulo de Davi possa levar a uma riquesa ainda maior e mais procurada, a Arca da Aliança, pois após a ordem do Rei Uzias, nunca mais se ouviu falar dela:
"E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel." 2 Crônicas 35:3
Se for assim, pelo visto, o Vaticano talvez seja a única organização que saiba o que realmente há alí, bem debaixo dos pés dos turistas, pois entre dominações e dominações, a igreja romana está ali no Monte Sião desde o século IV, passando pelos cruzados e mesmo em tempos de dominação muçulmana, continuou a ter soberania nos locais considerados santos pelos cristãos.
Na ilustração que pode ser vista ao lado, podemos ver que as proporções da câmara do sepulcro de Davi são bem maiores da câmara que se pode ter acesso nos dias de hoje, mas quem sabe este tipo de acordo possa levar ao Vaticano a revelar ao público o que realmente está pode debaixo de metros de poeira, longe da vista do público.
Ou será que os romanos limparam a cidade de Jerusalém de todas as riquesas deixadas pela Casa de Davi?
Coliseu
luzia |
Coliseu de Roma | |
---|---|
{{{legenda}}} | |
Local | IV Região - Templo da Paz |
Construído em | 68-79 d.C. |
Construído por/para | Vespasiano, Tito |
Tipo de estrutura | Anfiteatro |
Artigos relacionados | Nenhum. |
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
Em dezembro de 2011 fragmentos da construção passaram a cair em vários dias. A construção tem 3 mil fissuras catalogadas e deve ser restaurada a partir de março de 2012. [2]
]
História da construção

Mapa do centro de Roma durante o Império Romano, com o Coliseu a nordeste, fora do núcleo urbano, no canto superior direito.
A construção começou sob ordem de Vespasiano numa área que se encontrava no fundo de um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatino. O lugar fora devastado pelo Grande incêndio de Roma do ano 64, durante a época de governo do imperador Nero, e mais tarde havia sido reurbanizado para o prazer pessoal do imperador com a construção de um enorme lago artificial, da Casa Dourada (em latim: Domus Aurea), situada num complexo de uma villa,[3] e de uma colossal estátua de si mesmo.[4]
Vespasiano, fundador da dinastia Flaviana, decidiu aumentar o moral e auto-estima dos cidadãos romanos e também cativá-los com uma política de pão e circo,[3] demolindo o palácio de Nero e construindo uma arena permanente para espectáculos de gladiadores, execuções e outros entretenimentos de massas. Vespasiano começou a sua própria remodelação do lugar entre os anos 70 e 72, possivelmente financiada com os tesouros conseguidos depois da vitória romana na Grande Revolta Judaica, no ano 70. Drenou-se o lago e o lugar foi designado para o Coliseu. Reclamando a terra da qual Nero se apropriou para o seu anfiteatro, Vespasiano conseguiu dois objectivos: Por um lado realizava um gesto muito popular e por outro colocava um símbolo do seu poder no coração da cidade.[5] Mais tarde foram construídos uma escola de gladiadores e outros edifícios de apoio dentro das antigas terras da Casa Dourada, a maior parte da qual havia sido derrubada.[6]
Vespasiano morreu mesmo antes do Coliseu ser concluído. O edifício tinha alcançado o terceiro piso e Tito foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dos banhos públicos adjacentes (que são conhecidos como as Termas de Tito) apenas um ano depois da morte de Vespasiano.[6]
A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.
Denominação
O nome original do Coliseu de Roma era Anfiteatro Flávio ou Flaviano (em latim, Amphitheatrum Flavium), tendo sido construído no reinado dos imperadores da Dinastia Flaviana, após o governo do imperador Nero. Curiosamente, este nome não foi exclusivo do Coliseu, visto que Vespasiano e Tito haviam construído um anfiteatro que portou o mesmo nome, na cidade de Pozzuoli, na província de Nápoles. O nome Anfiteatro Flavio é empregado ainda hoje, embora seja mais popularmente conhecido como Coliseu de Roma. A sua designação de "Coliseu" começou a difundir-se a partir do século VIII, o qual se crê que tenha sido devido a uma grande estátua de Nero, que se encontrava perto do edifício, na Casa Dourada, conhecida popularmente como o Colosso de Nero. Este fato pode ter sido a razão pela qual o anfiteatro de Roma tenha adoptado o nome de Coliseu. Essa dita estátua foi destruída provavelmente para reciclagem do seu bronze. Apenas a sua base chegou aos nossos dias, e pode ser vista entre o anfiteatro e o Templo de Vénus e Roma.[3]Jogos inaugurais do Coliseu]
Os jogos inaugurais do Coliseu tiveram lugar no ano 80, sob o mandato de Tito, para celebrar a finalização da construção. Depois do curto reinado de Tito começar com vários meses de desastres, incluindo a erupção do Vesúvio de 79, um incêndio em Roma em 64 e um surto de "peste", o mesmo imperador inaugurou o edifício com jogos pródigos que duraram mais de cem dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os deuses. Nesses jogos de cem dias teriam ocorrido combates de gladiadores, "venationes", lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes.[3]Espetáculos
Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias.
Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização de naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construída uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata o funcionamento dos elevadores. Os estudiosos, há pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construído onde, outrora, foi o lago do "Palácio Dourado de Nero"; O imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa.
Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos construiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida à simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.
Os cristãos e o Coliseu
Os relatos romanos referem-se a cristãos sendo martirizados em locais de Roma descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro, na arena...), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o Papa Bento XIV consagrou-o no século XVII à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIXUtilização no fim do Império Romano do Ocidente
O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até o período do imperador Honório, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentiniano III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.O Coliseu, não estava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.
A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada água na representação de uma batalha naval), sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem.
Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o pódio, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e [[[Magistrado|magistrados]]. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde era possível visualizar o espectáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro.
Grande incêndio de Roma
O grande incêndio de Roma teve início na noite de 18 de julho, no ano 64 d.C., afetando 10 das 14 zonas da antiga cidade de Roma, três das quais foram completamente destruídas[1] .
O fogo alastrou-se rapidamente pelas áreas mais densamente povoadas da cidade, com as suas ruelas sinuosas. O fato de a maioria dos romanos viverem em insulas, edifícios altamente inflamáveis devido à sua estrutura de madeira, de três, quatro ou cinco andares, ajudou à propagação do incêndio[2] .
Nestas condições, o incêndio prolongou-se por seis dias seguidos até que pudesse ser controlado. Mas por pouco tempo, já que houve focos de reacendimento que fizeram o incêndio durar por mais três dias[carece de fontes?]. O antigo Templo de Júpiter Stator e o lar das Virgens Vestais foram destruídos, bem como dois terços da antiga cidade[2] .
1 Nero e o incêndio de Roma
Nero e o incêndio de Roma
Existem várias versões sobre a causa do incêndio. A versão mais contada é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira, usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. E por algum acidente, o fogo se alastrou. Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade[2] .
Outra versão famosa, porém desmentida pelos historiadores, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra[3] . Há ainda a versão , concebida por romancistas cristãos pósteros que, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretende que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia.
Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira[1] . Esta cena é retratada no romance "Quo Vadis",[4] .
Na verdade, no momento do incêndio, Nero estava em outra cidade e, ao saber do ocorrido, retornou a Roma, esforçando-se para socorrer os desabrigados, inclusive mandando abrir os jardins de seu palácio para acolhê-los[carece de fontes?]. Todavia, o fato de, posteriormente, ter usado seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto ao povo, de ter responsabilidade no sinistro.[5]
Para Massimo Fini, Nero teria sido caluniado, por historiadores romanos e cristãos, nesse episódio do grande incêndio de Roma[6]
Hoje a Igreja Católica celebra a memória desses "Santos Protomártires" todos anos no dia 30 de Junho. E entre os mais ilustres estavam São Pedro que foi crucificado no circo de Nero, actual Basílica de São Pedro, e São Paulo que foi decapitado junto da estrada de Roma para Óstia.
Primeira guerra judaico-rom
Cada vez mais se elevavam as vozes contra a odiada Roma. Ao partido dos zelotas afluíam fanáticos e rebeldes que reclamavam incansavelmente a supressão do domínio estrangeiro; cada um deles levava um punhal escondido debaixo do manto. Seus actos de violência alarvam o país. Os abusos de força dos procuradores romanos tornavam a situação ainda mais delicada; aumentavam cada vez mais os partidários dos radicais.
O substituto de Cneu Domício Córbulo como governador da província romana da Síria, tenente-general Caio Céstio Galo, obteve sua nomeação por idade, e não por habilidade. Após um atraso de três meses, Galo relutantemente marchou com uma força de 28 mil homens para restabelecer o controle romano na Judeia. Entre as unidades que ele escolheu para essa força-tarefa estavam quatro coortes de legionários sírios da Legio III Gallica e quatro da Legio XXII Primigenia, uma legião tradicionalmente recrutada na Galácia, ao norte. Mas o núcleo da força de Galo era composto por oito coortes da Legio XII Fulminata. A Legio XII Fulminata estava perto de seu vigésimo ano, o ano da dispensa, seus legionários mais jovens estavam com 39 anos e a maioria de seus soldados seniores tinha 59 e estava ansiosa por sua aposentadoria tão próxima. Mas o general Galo estava confiante que, quando descesse até lá, a resistência dos rebeldes judeus iria se dissolver à vista de um exército romano e que os seus homens nem teriam de levantar a espada contra eles.
O general Vespasiano deixou Antioquia no final da primavera do ano 67 d.C. para se reunir à sua força-tarefa em Prolemais. Ele sabia, por meio de informantes que tinham escapado da capital, que uma luta pelo poder entre os líderes judeus, em Jerusalém, tinha dividido os rebeldes em três facções, que tinham ocupado partes diferentes da cidade e que estavam agora travando uma luta sangrenta e mortal. E as pessoas que tentavam deixar Jerusalém para escapar da loucura, ou salvavam suas peles com ouro ou eram mortas por membros de qualquer das três facções.
A cidade tinha uma boa posição defensiva, com penhascos escarpados em três de seus lados e uma sólida muralha no quarto. O próprio Vespasiano logo chegou com sua força principal e cercou a montanha com duas linhas de infantaria e um anel mais externo de cavalaria. Arqueiros e arremessadores auxiliares continuamente varriam os defensores da muralha da cidade, mas, durante cinco dias, os seguidores de Flávio Josefo aventuravam-se fora da fortaleza, em grupos de assalto às linhas romanas, em ataques do tipo "bater e correr", antes de rapidamente se retirarem.
Cada vez mais se elevavam as vozes contra a odiada Roma. Ao partido dos zelotas afluíam fanáticos e rebeldes que reclamavam incansavelmente a supressão do domínio estrangeiro; cada um deles levava um punhal escondido debaixo do manto. Seus actos de violência alarvam o país. Os abusos de força dos procuradores romanos tornavam a situação ainda mais delicada; aumentavam cada vez mais os partidários dos radicais.
O substituto de Cneu Domício Córbulo como governador da província romana da Síria, tenente-general Caio Céstio Galo, obteve sua nomeação por idade, e não por habilidade. Após um atraso de três meses, Galo relutantemente marchou com uma força de 28 mil homens para restabelecer o controle romano na Judeia. Entre as unidades que ele escolheu para essa força-tarefa estavam quatro coortes de legionários sírios da Legio III Gallica e quatro da Legio XXII Primigenia, uma legião tradicionalmente recrutada na Galácia, ao norte. Mas o núcleo da força de Galo era composto por oito coortes da Legio XII Fulminata. A Legio XII Fulminata estava perto de seu vigésimo ano, o ano da dispensa, seus legionários mais jovens estavam com 39 anos e a maioria de seus soldados seniores tinha 59 e estava ansiosa por sua aposentadoria tão próxima. Mas o general Galo estava confiante que, quando descesse até lá, a resistência dos rebeldes judeus iria se dissolver à vista de um exército romano e que os seus homens nem teriam de levantar a espada contra eles.
O general Vespasiano deixou Antioquia no final da primavera do ano 67 d.C. para se reunir à sua força-tarefa em Prolemais. Ele sabia, por meio de informantes que tinham escapado da capital, que uma luta pelo poder entre os líderes judeus, em Jerusalém, tinha dividido os rebeldes em três facções, que tinham ocupado partes diferentes da cidade e que estavam agora travando uma luta sangrenta e mortal. E as pessoas que tentavam deixar Jerusalém para escapar da loucura, ou salvavam suas peles com ouro ou eram mortas por membros de qualquer das três facções.
A cidade tinha uma boa posição defensiva, com penhascos escarpados em três de seus lados e uma sólida muralha no quarto. O próprio Vespasiano logo chegou com sua força principal e cercou a montanha com duas linhas de infantaria e um anel mais externo de cavalaria. Arqueiros e arremessadores auxiliares continuamente varriam os defensores da muralha da cidade, mas, durante cinco dias, os seguidores de Flávio Josefo aventuravam-se fora da fortaleza, em grupos de assalto às linhas romanas, em ataques do tipo "bater e correr", antes de rapidamente se retirarem.
O exército romano caiu sobre Tiberíades, que rapidamente se rendeu, mas não antes que seus defensores fugissem para Taríqueas, um pouco mais distante ao redor do lago. Enquanto as legiões marchavam sobre Taríqueas, o jovem Tito levou uma grande força de cavalaria à frente. Ele capturou a cidade após uma luta sangrenta, grande parte dela ocorrendo no mar da Galileia, em barcos e jangadas.
Na primavera de 68, com os judeus ainda lutando uns com os outros em Jerusalém, sem mostrar qualquer sinal de capitulação, o general Vespasiano ordenou a retomada da ofensiva. Durante o inverno, sua força foi reduzida pela transferência, ordenada pelo Palácio, de suas seis coortes da Legio III Gallica de Cesareia para Mésia (atual Bulgária), para reforçar as duas legiões ali estacionadas, que estavam sob pressão crescente de ataques provenientes do outro lado do Danúbio. Mil homens das legiões residentes, a Legio VII Claudia e a Legio VIII Augusta, foram perdidos para uma ação inimiga nesse período. Mas, enquanto as coortes da Legio III Gallica marchavam na longa jornada até o Danúbio, Vespasiano consolava-se pensando que ainda tinha tropas mais do que suficientes à sua disposição para terminar o trabalho na Judeia.
O fogo alastrou-se rapidamente pelas áreas mais densamente povoadas da cidade, com as suas ruelas sinuosas. O fato de a maioria dos romanos viverem em insulas, edifícios altamente inflamáveis devido à sua estrutura de madeira, de três, quatro ou cinco andares, ajudou à propagação do incêndio[2] .
Nestas condições, o incêndio prolongou-se por seis dias seguidos até que pudesse ser controlado. Mas por pouco tempo, já que houve focos de reacendimento que fizeram o incêndio durar por mais três dias[carece de fontes?]. O antigo Templo de Júpiter Stator e o lar das Virgens Vestais foram destruídos, bem como dois terços da antiga cidade[2] .
1 Nero e o incêndio de Roma
Nero e o incêndio de Roma
Existem várias versões sobre a causa do incêndio. A versão mais contada é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira, usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. E por algum acidente, o fogo se alastrou. Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade[2] .
Outra versão famosa, porém desmentida pelos historiadores, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra[3] . Há ainda a versão , concebida por romancistas cristãos pósteros que, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretende que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia.
Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira[1] . Esta cena é retratada no romance "Quo Vadis",[4] .
Na verdade, no momento do incêndio, Nero estava em outra cidade e, ao saber do ocorrido, retornou a Roma, esforçando-se para socorrer os desabrigados, inclusive mandando abrir os jardins de seu palácio para acolhê-los[carece de fontes?]. Todavia, o fato de, posteriormente, ter usado seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto ao povo, de ter responsabilidade no sinistro.[5]
Para Massimo Fini, Nero teria sido caluniado, por historiadores romanos e cristãos, nesse episódio do grande incêndio de Roma[6]
Os cristãos e o incêndio de Roma
Não se sabe exatamente o momento e as razões que levaram os cristãos a serem acusados de responsáveis pelo incêndio. Historiadores cristãos e também romanos (como Tácito e Suetônio, cujas obras denotam acentuada antipatia pelo imperador) sustentam que se tratou de uma manobra de Nero, para desviar as suspeitas de sua pessoa. Uma vez que a tese de "incêndio criminoso" se disseminara, era necessário encontrar os culpados, e os cristãos podem ter-se tornado "bodes expiatórios" ideais, pelo fato de serem mal vistos em Roma[2] . De fato, Suetônio relata que as crenças cristãs eram tidas, na época, como "superstição nova e maléfica"[7] enquanto Tácito, embora acusando Nero de ter injustamente culpado os Cristãos, declara-se convencido de que eles mereciam as mais severas punições porque cometiam "infâmias" e eram "inimigos do gênero humano".[8] Segundo o romancista Pär Lagerkvist, é até possível que alguns cristãos fanáticos, imbuídos de conceitos apocalípticos, tenham proclamado, publicamente, que o incêndio era um castigo divino pelos "pecados" dos romanos, e que prenunciava o novo advento do Cristo, o que teria tornado todos os cristãos suspeitos de implicação naquela calamidade.[9]Hoje a Igreja Católica celebra a memória desses "Santos Protomártires" todos anos no dia 30 de Junho. E entre os mais ilustres estavam São Pedro que foi crucificado no circo de Nero, actual Basílica de São Pedro, e São Paulo que foi decapitado junto da estrada de Roma para Óstia.
Primeira guerra judaico-rom

A Judeia no primeiro século
Data 66–73 d.C
Local Judeia (Província romana)
Desfecho Vitória romana,
destruição do Templo de Jerusalém
Combatentes
Império Romano Judeus da Província da Judeia
Principais líderes
Vespasiano
Tito
Lucílio Basso Simon Bar-Giora
Yohanan mi-Gush Halav
Eleazar ben Simon
Eleazer ben Ya'ir
Forças
80,000 300,000
Vítimas
Desconhecido cerca de 1.100.000, entre militantes e civis
A Primeira Guerra Judaico-Romana (66 d.C.-73 d.C.), às vezes chamada de Grande Revolta Judaica (em hebraico המרד הגדול, ha-Mered Ha-Gadol; em latim: Primum Iudæorum Romani Bellum), foi a primeira de três grandes rebeliões da população da província da Judeia contra a dominação romana. A segunda revolta foi a guerra de Kitos, em 115-117 d.C., e a terceira foi a revolta de Bar Kokhba, em 132-135 d.C..
A Grande Revolta foi motivada a princípio pelas tensões religiosas, evoluindo para protestos contra o pagamento de tributos e ataques a cidadãos romanos.[1] Terminou quando as legiões romanas sob o comando de Tito sitiaram e destruíram o centro da resistência rebelde em Jerusalém e derrotaram as restantes forças judaicas.

A Judeia no primeiro século
Data | 66–73 d.C |
---|---|
Local | Judeia (Província romana) |
Desfecho | Vitória romana, destruição do Templo de Jerusalém |
Tito
Lucílio Basso
Yohanan mi-Gush Halav
Eleazar ben Simon
Eleazer ben Ya'ir
A rebelião judaica[editar | editar código-fonte]
Cada vez mais se elevavam as vozes contra a odiada Roma. Ao partido dos zelotas afluíam fanáticos e rebeldes que reclamavam incansavelmente a supressão do domínio estrangeiro; cada um deles levava um punhal escondido debaixo do manto. Seus actos de violência alarvam o país. Os abusos de força dos procuradores romanos tornavam a situação ainda mais delicada; aumentavam cada vez mais os partidários dos radicais.
A crescente indignação estourou em franca revolta a meio de 66 d.C.. Quando, após muitas arbitrariedades, o procurador da Judeia Géssio Floro requisitou dezessete talentos do tesouro do Templo de Jerusalém, a revolução começou. Os judeus escarnecem do procurador, fazendo uma coleta para o "pobrezinho" Floro. Resultado: Floro entregou aos seus soldados uma parte de Jerusalém, para que fosse saqueada e crucificou alguns homens importantes da comunidade judaica. O povo, em supremo desprezo, não reagiu diante do saque, e o desprezo foi vingado: uma carnificina geral.
Então, os revolucionários chefiados por Eleazar, filho do sumo sacerdote, ocuparam o templo e a fortaleza Antônia. Os judeus de Jerusalém sitiaram a única coorte da legião Legio III Gallica, a Gallica, cuja base era nessa cidade; e após dias de luta cruel, tinham matado todos os homens, exceto o comandante da coorte, o prefeito do acampamento, Metílio, mesmo após todos se terem rendido. Ao mesmo tempo, membros da seita zelota tinham-se encaminhado para a fortaleza de Masada, no mar Morto, e massacrado a coorte da Legio III Gallica lá baseada. Outro bando de rebeldes tinha feito o mesmo na fortaleza de Chipre, que tinha visão panorâmica da cidade de Jericó. Os rebeldes tinham-se espalhado pelo interior do país e ocupado a Judeia e muito da Idumeia e do sul da Galileia. Uma coorte da Legio III Gallica tinha procurado escapar da sua fortaleza em Macero e alcançar a capital provincial, Cesareia. Outra coorte da Legio III Gallica, que controlava a cidade portuária de Ascalão, tinha combatido os atacantes, mas estava lá isolada desde então. Herodes Agripa II tentou conter a revolta e não conseguiu.
A derrota de Caio Céstio Galo[editar | editar código-fonte]
O substituto de Cneu Domício Córbulo como governador da província romana da Síria, tenente-general Caio Céstio Galo, obteve sua nomeação por idade, e não por habilidade. Após um atraso de três meses, Galo relutantemente marchou com uma força de 28 mil homens para restabelecer o controle romano na Judeia. Entre as unidades que ele escolheu para essa força-tarefa estavam quatro coortes de legionários sírios da Legio III Gallica e quatro da Legio XXII Primigenia, uma legião tradicionalmente recrutada na Galácia, ao norte. Mas o núcleo da força de Galo era composto por oito coortes da Legio XII Fulminata. A Legio XII Fulminata estava perto de seu vigésimo ano, o ano da dispensa, seus legionários mais jovens estavam com 39 anos e a maioria de seus soldados seniores tinha 59 e estava ansiosa por sua aposentadoria tão próxima. Mas o general Galo estava confiante que, quando descesse até lá, a resistência dos rebeldes judeus iria se dissolver à vista de um exército romano e que os seus homens nem teriam de levantar a espada contra eles.
Quão errado estava Galo. Fazendo um progresso vagaroso pela Galileia, queimando tudo em seu caminho, chegou às muralhas externas de Jerusalém em novembro, com o inverno prestes a começar e com os rebeldes determinados a resistir à poderosa Roma. Após um cerco superficial de cinco dias, Galo inexplicavelmente ordenou que suas tropas se retirassem. No vale de Beth-horon, tentando retraçar seus passos de volta à estrada para Lod e a costa, que ele tinha percorrido apenas uma semana antes, a coluna do general Galo foi rendida e quase totalmente dizimada pelos guerrilheiros rebeldes. Foi somente deixando para trás um esquadrão suicida de 400 voluntários, que o general Galo conseguiu retirar as suas tropas de noite. Quando a força chegou aCesareia, tinha perdido seis mil de seus homens e numerosos estandartes, incluindo o emblema da Legio XII Fulminata. Entre os mortos estava o general-de-brigada Prisco, comandante da Legio VI Ferrata, que aparentemente tinha atuado como chefe do estafe de Galo para a operação. O próprio general Galo morreu pouco depois, alguns dizem que de vergonha. E tudo isso por nada — a Judeia ainda estava nas mãos dos judeus.
O despacho do Palácio tinha informado o coronel da Legio X Fretensis que o imperador tinha nomeado o tenente-general Caio Licínio Muciano para substituir Galo como governador da província da Síria. Também disse que Nero tinha nomeado o tenente-general Tito Flávio Sabino Vespasiano, futuro imperador, para liderar uma força-tarefa especial para pôr um fim à revolta judaica.
O início da repressão romana[editar | editar código-fonte]
O general Vespasiano deixou Antioquia no final da primavera do ano 67 d.C. para se reunir à sua força-tarefa em Prolemais. Ele sabia, por meio de informantes que tinham escapado da capital, que uma luta pelo poder entre os líderes judeus, em Jerusalém, tinha dividido os rebeldes em três facções, que tinham ocupado partes diferentes da cidade e que estavam agora travando uma luta sangrenta e mortal. E as pessoas que tentavam deixar Jerusalém para escapar da loucura, ou salvavam suas peles com ouro ou eram mortas por membros de qualquer das três facções.
O estafe de Vespasiano instou-o a marchar diretamente para a capital judaica, mas o brusco e grosseiro Vespasiano era um homem previdente e cauteloso por natureza. Ele não tinha sobrevivido no serviço a três imperadores temperamentais por assumir riscos. Decidiu deixar que os judeus de Jerusalém se cansassem de matar uns aos outros, antes que ele perdesse tempo, esforço ou sangue legionário tentando tomar a cidade. Havia até a possibilidade de que uma ou outra das facções passasse para o lado romano, se ele esperasse tempo suficiente. Enquanto isso, concentrar-se-ia em subjugar os campos ao norte de Jerusalém. Já era junho quando o exército romano saiu de Prolemais. A Legio X Fretensis o marchou na vanguarda da coluna.
Vespasiano virou suas tropas para o leste e penetrou no interior da província, determinado a metodicamente tomar as fortalezas judias da Galileia uma de cada vez. Gabara, no sudoeste da Galileia, muito próxima de Ptolomais, na fronteira síria, tinha poucas defesas e foi atacada antes do pôr-do-sol, no primeiro dia de luta.
Jotapata, a moderna Jefat, foi outra história. O líder da resistência judia para a região era José, um rebelde de 30 anos, que posteriormente assumiu o nome romano de Flávio Josefo. É a partir de seus escritos que ficamos sabendo a maior parte do que aconteceu na guerra judaica. Tendo recebido originalmente o comando regional enquanto estava em Jerusalém, onde deixou seus pais, Josefo foi, primeiro, para Tiberíades. Então, alertado pelos movimentos das tropas romanas, ele se apressou a sair de Tiberias, indo para Jefat no final de uma tarde de junho, pouco antes de a cidade ser sitiada pela força avançada montada de Vespasiano. Lá ele abrigou mais de 40 mil judeus.
O cerco a Jotapata[editar | editar código-fonte]
A cidade tinha uma boa posição defensiva, com penhascos escarpados em três de seus lados e uma sólida muralha no quarto. O próprio Vespasiano logo chegou com sua força principal e cercou a montanha com duas linhas de infantaria e um anel mais externo de cavalaria. Arqueiros e arremessadores auxiliares continuamente varriam os defensores da muralha da cidade, mas, durante cinco dias, os seguidores de Flávio Josefo aventuravam-se fora da fortaleza, em grupos de assalto às linhas romanas, em ataques do tipo "bater e correr", antes de rapidamente se retirarem.
Assim, Vespasiano construiu uma sólida muralha de terra em frente da muralha da cidade, com uma plataforma de artilharia. Depois, trouxe 160 peças de artilharia e colocou-as na sua muralha. Dardos de metal, pedras de mais de 50 quilos, tições em brasa e flechas — tudo foi lançado sobre Jefat durante horas, em saraivadas metódicas. Os defensores da muralha frontal finalmente foram varridos por esse temporal de fogo, mas havia uma grande área por trás dela. Os judeus ainda lançavam contra-ataques, surgindo inesperadamente da cidade e atacando a plataforma de artilharia, afastando os artilheiros de suas armas. Os contra-ataques romanos retornavam à plataforma. Os judeus novamente atacavam a muralha de terra e as tropas romanas a tomavam de volta. Mas, nesse meio tempo, outros rebeldes, trabalhando febrilmente, acrescentaram outra muralha de 18 metros de altura à muralha da cidade.
Pelo fato de a muralha oferecer um front limitado para o ataque, Vespasiano não conseguia usar todas as suas unidades de uma só vez. Assim, por não dar muito valor ao cerco, ele deu descanso a duas de suas legiões. Ele tinha escolhido cuidadosamente as unidades para essa ofensiva. Antes de sua nomeação para o Egito, a Legio XV Apollinaris tinha vindo de sua estação de Panônia, nos Bálcãs, para servir sob as ordens do marechal-de-campo Cneu Domício Córbulo, em sua segunda campanha arménia. Os

A Judeia no primeiro século
Data 66–73 d.C
Local Judeia (Província romana)
Desfecho Vitória romana,
destruição do Templo de Jerusalém
Combatentes
Império Romano Judeus da Província da Judeia
Principais líderes
Vespasiano
Tito
Lucílio Basso Simon Bar-Giora
Yohanan mi-Gush Halav
Eleazar ben Simon
Eleazer ben Ya'ir
Forças
80,000 300,000
Vítimas
Desconhecido cerca de 1.100.000, entre militantes e civis
A Primeira Guerra Judaico-Romana (66 d.C.-73 d.C.), às vezes chamada de Grande Revolta Judaica (em hebraico המרד הגדול, ha-Mered Ha-Gadol; em latim: Primum Iudæorum Romani Bellum), foi a primeira de três grandes rebeliões da população da província da Judeia contra a dominação romana. A segunda revolta foi a guerra de Kitos, em 115-117 d.C., e a terceira foi a revolta de Bar Kokhba, em 132-135 d.C..
A Grande Revolta foi motivada a princípio pelas tensões religiosas, evoluindo para protestos contra o pagamento de tributos e ataques a cidadãos romanos.[1] Terminou quando as legiões romanas sob o comando de Tito sitiaram e destruíram o centro da resistência rebelde em Jerusalém e derrotaram as restantes forças judaicas.

A Judeia no primeiro século
Data | 66–73 d.C |
---|---|
Local | Judeia (Província romana) |
Desfecho | Vitória romana, destruição do Templo de Jerusalém |
Tito
Lucílio Basso
Yohanan mi-Gush Halav
Eleazar ben Simon
Eleazer ben Ya'ir
Nenhum comentário:
Postar um comentário